VOLTA AO LAR
Com direção de Regina Duarte, A Volta ao Lar de Harold Pinter estreia no Teatro Eva Herz em 3 de outubro
A peça fala de disputa de poder, ciúme entre irmãos, desejos proibidos, carências afetivas, envelhecimento e solidão. Caim e Abel, Édipo, as Vestais do Templo Grego, Eros são referências no explosivo lar desta família. No elenco estão os atores Alessandra Negrini, Igor Kovalewsk, Ivan Bellangero, João Carlos Filho, Maurício Agrela e Rodrigo de Castro.
SINOPSE
“A Volta ao Lar” do dramaturgo Harold Pinter, ganhador de um Prêmio Nobel de Literatura (2005), coloca em cena uma família inglesa órfã de mãe, descendentes de açougueiros. Max, o pai (Igor Kowalewski), seus filhos Lenny(Rodrigo de Castro), Joey(João Carlos) e o tio Sam(Ivan Bellangero) são homens à deriva, brutalizados e carentes de uma figura feminina.
Depois de mais de oito anos estudando e lecionando filosofia nos Estados Unidos, Teddy (Mauricio Agrela), o primogênito do clã, faz uma visita inesperada ao lar de sua família, acompanhado por Ruth (Alessandra Negrini), sua mulher e mãe de seus filhos. Ruth é um mistério que a encenação pretende preservar, cultuar, proteger. Ela provoca alterações impensáveis naqueles homens.
HAROLD PINTER
Dramaturgo, diretor, ator, poeta e roteirista inglês, Harold Pinter (1930-2008) é um dos autores contemporâneos mais premiados do mundo. Além do Nobel de Literatura, destaca-se também o prêmio Companion of Honour da Rainha da Inglaterra.
Considerado um dos ícones do Teatro do Absurdo, ao lado de Samuel Beckett e de Eugène Ionesco, escreveu 29 peças de teatro entre as mais conhecidas estão, “Festa de Aniversário” (1957), “O Porteiro” (1959), “Traição” (1978) e “ A Volta ao Lar” (1964), todas foram adaptadas para o cinema. Pinter também assinou os roteiros dos seguintes filmes: “A Mulher do Tenente Francês” (1981) Karel Reisz; “Um Jogo de Vida e Morte” (2007) Kenneth Branagh; e “O Mensageiro” (1971) Joseph Losey.
REGINA DUARTE
Regina Duarte assinou sua primeira direção em 1974 no Especial “A Cartomante” de Machado de Assis da TV Globo. Dirigiu ainda pra TV dois episódios do seriado Joana (1984): “O Fruto Verde” de Alcides Nogueira e o especial “SOS Solidão”, de Caio Fernando Abreu.
“A Volta ao Lar” é a terceira direção de Regina para o teatro. Em 2012/2013 dirigiu “Raimunda, Raimunda!”, de Francisco Pereira da Silva, que fez carreira no CCBB do Rio de Janeiro e no Teatro Raul Cortez, em São Paulo. Em 2014/2015 dirigiu “A Volta para Casa” de Matéi Visniéc, que inaugurou o Núcleo de Estudos de Dramaturgia e Interpretação de Texto (NEDI), coordenado por ela desde 2013. O grupo tem a proposta de pesquisar textos de qualidade universal e construir um banco de dramaturgia, assim como promover pesquisas de formas alternativas de interpretação.
ALESSANDRA NEGRINI (RUTH)
Alessandra Negrini marcou sua estreia na TV em “Olho no Olho”, de Antônio Calmon, em 1993. Algumas de suas principais novelas foram “Anjo Mau” (1997), de Maria Adelaide Amaral; “Meu Bem Querer” (1998), de Ricardo Linhares; “Desejos de Mulher” (2002), de Euclydes Marinho; “Celebridade” (2003), de Gilberto Braga; e “Boogie Oogie” (2014), de Rui Vilhena. Também fez sucesso nas minisséries “Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados” (1995), “A Muralha” (2000) e “JK” (2006).
No cinema, participou dos filmes “O Que é Isso, Companheiro?” (1997), de Bruno Barreto; “Cleópatra” (2007), de Julio Bressane, pelo qual recebeu o prêmio de melhor atriz do Festival de Brasília; “A Erva do Rato” (2008), de Bressane; “No Retrovisor” (2008), de Mauro Mendonça Filho; “O Abismo Prateado” (2013), de Karim Aïnouz, entre outros
Nos palcos, destacou-se nas peças “A Senhora de Dubuque” (2011), de Edward Albee, dirigido por Leonardo Medeiros; “A Gaivota” (2008), de Anton Tchekhov, por Enrique Diaz; “A Propósito de Senhorita Júlia” (2013), de August Strindberg, por Walter Lima Jr.; e “Sonata Fantasma Bandeirante” (2016), com texto e direção de Francisco Carlos.
“A Ruth, minha personagem em ‘A Volta ao Lar’, é a força do feminino, o inevitável feminino do qual ninguém nessa família vai conseguir escapar. Ela é a mãe, a mulher e a fêmea que atrai e afronta o mundo masculino”
IVAN BELLANGERO (SAM)
O ator Ivan Bellangero formou-se pelo Teatro Escola Célia Helena, em 1992. Alguns de seus principais espetáculos são “Os últimos dias de Solidão de Robinson Crusoé” (1992), dirigido por Marco Antônio Rodrigues; “Laços Eternos” (1994), por Renato Borghi; “Buchicho- o musical” (2002), por Gilda Vandenbrande, “F.E.S.T.A” (2003), por Érika Bodstein e Valeria Marchi; e o infantojuvenil “Enq, o Gnomo” (1991), por Marco Antônio Rodrigues.
IGOR KOWALEWSKI (MAX)
Igor Kowalesnki começou sua carreira na década de 1990 e, desde então, participou de mais 20 espetáculos. Entre eles, estão “Os Justos” (2016), a partir da obra de Albert Camus, dirigido por Daniel Sommerfeld; “O Beijo no Asfalto” (2015), de Nelson Rodrigues, por Marco Antônio Braz; “Dois Perdidos Numa Noite Suja” (2010), de Plínio Marcos, por André Garolli; “As Palavrakis”(2012), de Angélica Liddel, por Reginaldo Nacimento; e “Auto da Compadecida” (1999), de Ariano Suassuna, por Sebastião Apolônio.
RODRIGO DE CASTRO DUARTE (LENNY)
Formado pelo Teatro-Escola Célia Helena, em 2011, o ator e dublador Rodrigo de Castro Duarte começou sua carreira aos 11 anos no Teatro Escola Sotac, em Campinas, e já integrou o CPT, sob coordenação de Antunes Filho. Alguns espetáculos em se destacou são “Cerbera” (2017), dirigido por Elias Andreato; “Meia-Noite, Feliz Natal” (2016), por Carol Rainatto e Lucas Romano; “Raimunda, Raimunda” (2012), por Regina Duarte; “Syngué Sabour – Pedra de Paciência” (2014), por Fernanda D’Umbra; e “Estações” (2013), coordenado por Antunes Filho.
JOÃO CARLOS FILHO (JOEY)
João Carlos Mattos Soares Filho atuou em espetáculos como “Noite de Reis” (2009), dirigido por Ramiro Silveira; “Nossa Cidade” (2010), por Rita Grillo e Priscilla Carvalho; “As Três Irmãs (2010)”, por Silveira; “Cristo Proclamado” (2011), por Miguel Hernandez e Carvalho; “Coletânea” (2013) e “Baixo Augusta” (2014), por Renato Andrade; “A História do Comunismo Contada aos Doentes Mentais”(2014), por Hernandez e André Abujanra; e “O Cabelo da Princesa”(2017), de Gilda Vandenbrande.
MAURICIO AGRELA (TEDDY)
Maurício Agrela participou das peças “Imperador e Galileu” (2007), a partir da obra de Henrik Ibsen, com direção de Sérgio Ferrara; “Curta Comédia” (2003), de Luís Fernando Verissimo, dirigido por Wolf Maya; e “Aluga-se um Namorado” (2003), de James Sherman, dirigido por Carlos Magalhães. Ele também atuou nos filmes “A Última Página” (2014), de Bruno Primor; “Mau Olhado” (2016), de Aloísio Araújo; e “A Última Dança” (2015), de Hudson Senna.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Harold Pinter
Adaptação e direção: Regina Duarte
Assistente de Direção: Vivien Buckup
Elenco: Alessandra Negrini (Ruth), Igor Kovalewski (Max), Ivan Bellangero (Sam), João Carlos (Joey), Maurício Agrela (Teddy) e Rodrigo de Castro (Lenny)
Cenografia: J.C Serroni
Figurino: Regina Duarte e Fabio Namatame
Iluminação: Wagner Pinto
Trilha Sonora: criação de Ismael Sendenski
Designer Gráfico: Carlos Rodrigues
Fotografia: Caio Kitade
Produção Executiva: Gabriel Paiva
Direção de Produção: Raquel Hirsch
Assistente de Produção: Mariana de Souza
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
SERVIÇO
“A Volta ao Lar”, com texto de Harold Pinter
Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073, Consolação
Temporada: de 3 de outubro a 5 de Dezembro –terças às 21h
Ingressos: R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)
Informações: (11) 3170-4033
Duração: 80min
Classificação: 14 anos
Lotação: 168 Lugares