SE EXISTE EU AINDA NÃO ENCONTREI

Se Existe Eu Ainda Não Encontrei, do inglês Nick Payne, segue em cartaz no Teatro Eva Herz até 3 de junho com novos horários e novo elenco

Até dia 11 de maio: quintas e sextas, às 21h
12 de maio a 3 de junho: sábados às 21h; domingos às 19h

Com Helena Ranaldi, Gustavo Trestini, Luciano Gatti e Rafaela Ferreira, peça dirigida por Daniel Alvim retrata a falta de comunicação entre uma família de forma bem-humorada e emocionante

Sucesso de crítica e público, a montagem do diretor Daniel Alvim para Se Existe Eu Ainda Não Encontrei, do dramaturgo britânico Nick Payne, segue em cartaz no Teatro Eva Herz às quintas e sextas, às 21h até dia 11 de maio.

A partir de 12 de maio, o espetáculo continua em cartaz nessa sala, no entanto, as sessões passam a acontecer aos sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Essa nova temporada acontece até 3 de junho.

No espetáculo, personagens viscerais mostram como as pessoas, mesmo que estejam preocupadas em salvar a humanidade, encontram subterfúgios para fugir dos problemas íntimos na própria casa. Nesse contexto, os filhos são muitas vezes negligenciados por seus pais.

É o que acontece com a adolescente Anna (papel de Rafaela Ferreira), que está acima do peso e, por isso, tem sofrido com o bullying de seus colegas de classe. Ignorada pelos pais, ela caminha, de decepção em decepção, para a beira do abismo.

Enquanto a filha enfrenta os desafios dessa turbulenta fase da vida, o ambientalista George (papel de Gustavo Trestini) está obssessivamente envolvido com seu livro sobre as emissões de carbono na atmosfera. Já sua mulher Fiona (interpretado por Helena Ranaldi) usa seu novo musical, que está prestes a estrear na escola, como pretexto para fugir das questões conjugais e da doença degenerativa de sua mãe.

A velocidade dos acontecimentos na vida contemporânea é responsável por essa incomunicabilidade entre pessoas próximas, acredita o diretor Daniel Alvim. “O mundo parece girar mais rápido. Parece que temos menos tempo para tudo, mesmo sem sabermos por que precisamos correr tanto?! Temos a impressão de um atropelamento constante. As pessoas tentam se salvar e, talvez, seja por isso que não enxergam o outro. É uma luta individual e solitária”, esclarece.

As barreiras existentes nessa família são ressaltadas com a chegada de Terry (interpretado por Luciano Gatti), o irmão mais jovem e disfuncional de George, um beberrão boca suja apaixonado por uma mulher comprometida. Esse personagem desestruturado é responsável por revelar as relações dilaceradas na família. “Acho que Terry, por ser fruto dessa geração que navega na instabilidade do tempo atual, tem mais compreensão e entendimento sobre o agora. Talvez seja por isso que enxergue além”, comenta Alvim.

O cotidiano aparentemente simples desse pequeno núcleo evoca, no entanto, uma série de temas contemporâneos relevantes, como sustentabilidade, bullying, incomunicabilidade e aquecimento global, que são discutidos com um tom dramático, mas temperado com o conhecido humor britânico.

NICK PAYNE

Considerado um dos jovens autores mais promissores do teatro britânico, Nick Payne, com apenas 33 anos, já ganhou o George Devine Award, um dos mais importantes prêmios de artes cênicas da Inglaterra. Seu talento foi reconhecido pelos jornais The Guardian e The New York Times. Formado pela Universidade de Iorque, Payne é autor de peças como “Constellations” (2012), “The Same DeepWater As Me” (2013), “Incognito” (2014), “The Art of Dying” (2014) e “Elegy” (2016).

DANIEL ALVIM

O ator, diretor e produtor Daniel Alvim é um dos fundadores das companhias Pessoal do Faroeste e Bendita Trupe. Recentemente, foi indicado ao Prêmio Shell de melhor ator pelo trabalho em “Dias de Vinho e Rosas” (2015), com texto de JP Miller e direção de Fábio Assunção. Também atuou nas peças “Vidas Privadas” (2014), de Noel Coward, com direção de José Possi Neto; “Maria Miss” (2012), de Guimarães Rosa, dirigida por Yara Novaes; “O Casamento” (2013), de Nelson Rodrigues, com encenação de Johana Albuquerque; entre outras.

Como diretor, Alvim montou os espetáculos “Quase Lá” (2011), de Maurício de Barros; e “Vida & Obra de um Tipo à Toa” (2012), de Mário Viana. No cinema, atuou nos longas-metragens “Reis e Ratos”, de Mauro Lima, e “Amando a Carolina”, produção argentina com roteiro e direção de Martin Viagio.

SINOPSE

Em uma pacata cidade inglesa, a aparente normalidade de uma família é abalada pela chegada de um parente impulsivo, Terry, irmão mais novo do ambientalista George, um pai e marido tão preocupado em salvar o mundo que ignora o que ocorre em seu lar. Enquanto isso, sua esposa, a professora Fiona não enxerga o sofrimento de Anna,a filha de ambos que, acima do peso, sofre bullying na escola em que a própria mãe leciona. Terry, portanto, só ressalta conflitos que já existiam dentro desse núcleo familiar. É com um misto de risos e lágrimas que o dramaturgo britânico Nick Payne nos apresenta essa história.

CRÍTICAS

“Os personagens banais e a trama prosaica, que acumula temas e situações esperados desse universo – bullying, briga de família, tentativa de suicídio–, escapam da platitude graças à direção de Daniel Alvim, que trabalha bem o texto veloz e fragmentado de Payne, e ao bom elenco”. – Mariana Delfini para a Folha de S.Paulo

“Dirigida por Daniel Alvim, a montagem mostra como é possível prender a atenção do público com uma história bem contada e apresentada de maneira afinada pelo elenco” – Dirceu Alves Jr. para a Veja São Paulo

“Esta peça do jovem dramaturgo inglês Nick Payne (1984-) mostra, ao contrário do filme ‘Teorema’, como uma família disfuncional pode se reestruturar e se humanizar com a chegada de um parente (irmão do pai) que, a princípio, parece o mais disfuncional de todos os outros componentes (pai, mãe e filha)” – José Cetra para o blog Palco Paulistano.

“Com cenografia de André Cortez e visagismo de Leopoldo Pacheco — poucos elementos cênicos, movimentados pelos atores —, a montagem valoriza os diálogos concisos e as cenas fragmentadas, para que o espectador vá aos poucos montando o quebra cabeça daquela família disfuncional e tão próxima de todos nós. Destaque para o trabalho dos atores na composição dos personagens, que estão em cena desde a entrada do primeiro espectador” – Maurício Mellone para o blog Favo do Mellone.

“. A peça do dramaturgo inglês Nick Payne é o retrato de uma família que não é um modelo a ser seguido. Mas o comportamento disfuncional desse clã não salta à vista como um drama pesado. Entre golpes e ruídos de comunicação há espaço para o riso e alguma dose de humanidade, pulsões que encontram equilíbrio na eficiente montagem assinada por Daniel Alvim” – Edgar Olímpio para a Revista Stravaganza.

FICHA TÉCNICA
Texto: Nick Payne
Tradução: Fred Kling
Direção: Daniel Alvim
Elenco: Helena Ranaldi, Gustavo Trestini, Luciano Gatti e Rafaela Ferreira
Trilha Sonora: Marcello Amalfi
Iluminação: Wagner Freire
Cenografia: André Cortez
Figurinos: Anne Cerucci
Arte Gráfica: Larte Késsimos
Fotos: Priscila Prade
Mídia Social: Regina Colon e Thiago Rodriguez
Produtores: Helena Ranaldi, Daniel Alvim, Gustavo Sanna e César Ramos.
Realização: Alvim Produções Artísticas, Arteranaldi Produções Artísticas e Complementar Produções Artísticas
Idealização: Daniel Alvim e Helena Ranaldi
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

SERVIÇO
“Se Existe Eu Ainda Não Encontrei”, de Nick Payne
Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Av. Paulista, 2073, Cerqueira César

Temporada: 1º de março a 11 de maio
Às quintas e sextas-feiras, às 21h
Ingressos: R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)
Duração: 1h30
Classificação: 16 anos
Lotação: 168 lugares (quatro para cadeirantes)

Temporada: 12 de maio a 3 de junho
Aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h
Ingressos: R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)
Duração: 1h30
Classificação: 16 anos
Lotação: 168 lugares (quatro para cadeirantes)