UM DIA QUALQUER

ESPETÁCULO ‘UM DIA QUALQUER’ ESTREIA EM SÃO PAULO NA CAIXA CULTURAL

 Após três anos de sucesso no Rio de Janeiro e em turnê pelo Brasil, a comédia estreia em São Paulo em curtíssima temporada

 Texto de Julia Spadaccini e direção de Alexandre Mello

Fotos de Claudio Senra

A peça “Um dia qualquer” que estreia na CAIXA Cultural São Paulo em novembro, fala de um encontro inusitado de quatro desconhecidos num banco de praça em pleno centro da cidade, onde revelam dores, amores e revelações de suas vidas de forma emocionante e muito engraçada, tornando o público cúmplice também dessas histórias. Com entradas gratuitas, a produção é da Usina D’Arte Produções Artísticas, com texto inédito da Julia Spadaccini, direção de Alexandre Mello, com Anna Sant´Ana, Leandro Baumgratz, Rogério Garcia e Dida Camero no elenco e patrocínio da Caixa Econômica Federal.

O espetáculo teve sua estreia nacional no Rio de Janeiro em 04 de julho de 2013 no Espaço SESC – RJ, onde recebeu excelentes críticas, sendo classificado como Globo Indica no Jornal O Globo e Cotação 4 estrelas na Veja Rio. Além de ter sido indicado ao Prêmio APRT 2014.

Julia Spadaccini foi indicada para o prêmio Shell 2012 de melhor autor pelo espetáculo “Quebra Ossos” dirigido por Alexandre Mello e em 2013 por “Aos Domingos” e “A porta da frente”. Foi roteirista durante anos do programa “Tapas & Beijos”, e atualmente é contratada da Rede Globo.

 “Um dia qualquer” repete a parceria bem sucedida do diretor Alexandre Mello e da autora Julia Spadaccini. A primeira peça encenada de autoria de Julia foi “Na Geladeira”, que estreou em 2001 na Sala Multiuso no Espaço SESC no Rio de Janeiro, com atuação e produção de Alexandre Mello. Esta parceria já vem de longa data. Recentemente, em março de 2012, os dois se reencontraram por ocasião da montagem de Quebra Ossos”, que foi um grande sucesso na Casa de Cultura Laura Alvim, permanecendo em cartaz quatro meses seguidos, indicada ao Prêmio Shell de melhor autor, no Rio de Janeiro.

Este novo trabalho trata das relações humanas através do encontro casual de personagens comuns, que nossos olhos esbarram todo o tempo em grandes cidades como o Rio de Janeiro. O texto põe uma lente de aumento ou empresta um binóculo potente com os quais nos aproximamos destes seres urbanos, e podemos ver suas histórias e suas relações com a vida e com a morte.

O amor e as relações ligeiras e superficiais que vivemos, a competição acirrada no trabalho, a frustração do sonho de genialidade artística e a proximidade cotidiana com a morte são os temas deste “dia qualquer”, que ultrapassa os limites do relógio e das estações do ano, provocando um espaço-tempo ideal de “um dia”, tal vivência e reflexão sobre nossas vidas, que levaríamos alguns anos de terapia pra experimentar.

A cidade e as necessidades de consumo e status que inventamos para nós ou que absorvemos como nossas, nos fazem trabalhar incessantemente e cada vez mais e em todos os lugares, sem descanso, férias ou pausas, produzindo um efeito devastador nas nossas sensibilidades. E se um dia dissermos: – “NÃO! Não vou agora, preciso parar e pensar”, ou simplesmente “parar e não fazer nada!” Se isso é uma decisão individual, o.k., ela pode ser suportada por cada um de nós. Mas quando você fica, lado-a-lado com diferentes personagens, que como você decidem parar, por razões que nunca lhe ocorreram, num mesmo lugar, à mesma hora, um panorama divertido e patético se forma e a cidade ganha ares de picadeiro. O Rio de Janeiro é palco desta comédia de Julia Spadaccini, que propõe um diálogo direto com a plateia, divertido e ao mesmo tempo profundo, fazendo com que o público se identifique de imediato.

Julia nos faz viajar pela alma humana, num reconhecimento da nossa sensibilidade e capacidade de identificação e compaixão, tudo isso escrito com muito humor. Território perfeito para Alexandre Mello, que se destaca como um encenador delicado e experiente na direção dos atores e na pesquisa de linguagem cênica, que trabalha criando belas imagens em efeitos muito simples e teatrais.

Sinopse

Um executivo, uma professora de inglês, um ator que trabalha com animação de festas e uma enfermeira de pacientes terminais, encontram-se num banco de praça, num dia de verão que parece outono, em plena semana de trabalho na correria do Centro do Rio. O público se torna cúmplice das confissões e histórias destes estranhos que nunca haviam se visto antes, e esse encontro inusitado faz com que revelem entre eles suas dores, seus amores, sua vida de forma emocionante e muito engraçada. Os personagens falam também diretamente com o público, dividindo seus pensamentos e se contradizendo com as suas ações, durante este encontro inusitado.

Ficha técnica
Julia Spadaccini – Texto
Alexandre Mello – Direção
Anna Sant´Ana, Dida Camero, Leandro Baumgratz e Rogério Garcia – Elenco
Renato Machado – Iluminação
Daniele Geammal – Cenografia
Ticiana Passos – Figurinos
Leandro Baumgratz- Trilha sonora
Felipe Bretas e Paula Sattamini ( Multifocus) – Direção dos vídeos
Humberto Costa Ribeiro – Programação visual
Anna Sant’Ana e Rogério Garcia – Direção de Produção
Paula Loffler – Assistência de direção e produção executiva
Uma realização Usina D’Arte Produções Artísticas