FALA COMIGO ANTES DA BOMBA CAIR

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A dramaturgia de Mário Bortolotto e Tennessee Williams se encontram sob a direção de Carla Candiotto

 

Fala Comigo Antes da Bomba Cair é um projeto dos atores Natalia Gonsales e Flávio Tolezani que estreia dia 24 de junho no Viga Espaço Cênico

 

Contemplado pelo Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo, Fala Comigo Antes da Bomba Cair

busca o diálogo entre dois autores de países, épocas e expressões diferentes. Trata-se da encenação dos textos: Fala Comigo Como a Chuva e me Deixa Ouvir, que faz parte do conjunto de peças curtas em um ato do autor americano Tennessee Williams, e Vamos Sair da Chuva Quando a Bomba Cair, do paranaense Mário Bortolotto.
Como idealizadores, os atores Flávio TolezaniNatalia Gonsales optaram por reunir em um mesmo espetáculo um texto escrito em 1950 por Tennessee Williams, um dos dramaturgos mais cultuados do teatro universal, responsável por grandes obras teatrais e cinematográficas, e outro escrito em 1988 por Mario Bortolotto, reconhecido representante contemporâneo de uma linguagem cáustica e direta.
Ambos apresentam ao público um jovem casal. Fala Comigo Como A Chuva e me Deixe Ouvir aborda a situação inalterável de um casal que não se adapta às transformações sociais. Vamos Sair da Chuva Quando a Bomba Cair apresenta um casal que luta para vencer os desafios de uma sociedade contemporânea.

 

Sinopse

FALA COMIGO ANTES DA BOMBA CAIR conta a história de Angela e Hassim que vivem no Rio de Janeiro. Angela é produtora cultural e Hassim um escritor boêmio. Entre Angela e Hassim, existe o amor e a esperança de viverem juntos. Mas, devido às diferenças, a convivência se torna conflituosa e desafiadora. Enquanto Ângela traz à tona dilemas constantes como trabalho, filhos e responsabilidades, Hassim parece acomodado em suas escolhas, preenchendo a vida com poesias, compartilhadas pela companhia de seu gato.

 

FALA COMIGO COMO A CHUVA E ME DEIXE OUVIR, de Tennessee Williams, texto que permeia a dramaturgia de Bortolotto, neste espetáculo aborda uma situação inalterável. Não há mais relação entre os personagens e nem perspectiva de convívio afetivo. A solidão vivida por cada um coloca em cheque as expectativas e o senso de identidade.

 

A união desses dois textos que abordam momentos diferentes vividos por um casal jovem surge com a necessidade de discutir o que é real e o que é ficcional. E o que é mais sombrio? A dura realidade? Ou aquela criada para satisfazer os sonhos individuais alimentados por uma sociedade contemporânea?

 

Quando outra pessoa é envolvida para satisfazer as expectativas e as ilusões individuais do outro, os laços amorosos tornam-se frágeis ostentando marcas de uma desagregação já consumada ou então em processo, e assim, aquela euforia de uma relação pode tornar-se sombria e sem esperança quanto às perspectivas de futuro.

 

Dois textos que podem alcançar dimensões excepcionais, onde o sombrio e o cômico se alternam no decorrer das ações dramáticas, onde reinam a poesia, os sonhos e os estigmas da classe média brasileira e norte americana, ambas sufocadas em angústia, medo e carência que se mostram atemporais.O fio condutor deste espetáculo passa pelas mãos do escritor, que costura os pontos de vista dos autores, conduzindo a uma realidade cruel e irônica.

 

“Para mim, esse espetáculo traduz o amor nos tempos atuais, fala da incapacidade do ser humano de ver o que é real, e de querer recriar a realidade. Angela quer um amor para satisfazer seus desejos, acredita numa relação ideal e inventa “Hassim” com o objetivo de encontrar a felicidade. Hassim, em escritor, um homem que sabe o que quer e, principalmente, o que não quer da vida, inventa Angela para seus propósitos reais e imaginários, e para satisfazer seu comodismo. Uma relação egoísta que nos conduz a uma realidade dura, melancolica, cruel e cheia de humor”, comenta a diretora Carla Candiotto.

 

A encenação

Os dois textos foram costurados pela diretora Carla Candiotto, pelos atores e pelo assistente de direção Bruno Guida. O ator Flávio Tolezani também assina o cenário, que se transforma, ao longo da peça, sugerindo diferentes ambientes frequentados pelos personagens. A trilha do compositor Marcelo Pellegrini, o figurino do Daniel Infantini e a luz de Aline Santini também ajudam a compor os diferentes universos vividos pelo casal.
Ficha Técnica

Idealização: Flávio Tolezani e Natalia Gonsales
Texto: Mário Bortotto e Tennessee Williams

Direção: Carla Candiotto

Assistente de direção: Bruno Guida.

Elenco: Flávio Tolezani e Natalia Gonsales

Música original: Marcelo Pellegrini

Cenário: Flávio Tolezani

Assistente de Cenografia/adereços: Marcela Donato

Luz: Aline Santini
Figurino: Daniel Infantini

Coreografia: Adriana Telg

Programação Visual: Gustavo Domingues

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio – Helô Cintra e Douglas Picchetti

Direção de Produção: Marlene Salgado

Produção: Bem Casado Produções Artísticas LTDA

 

Serviço

Viga Espaço Cênico – R. Capote Valente, 1323 – Pinheiros

Telefone:  (11) 3801-1843

Temporada: de 24 de junho a 30 de agosto.

Quartas e quintas às 21h.

R$ 10 reais

Duração: 70 minutos

12 anos