O TESTAMENTO DE MARIA | IMORTAIS
Após ser indicada ao Emmy Internacional, Denise Weinberg faz novas temporadas de Imortais e O Testamento de Maria no Teatro Alfredo Mesquita com preços populares
Além dos espetáculos, projeto de circulação Vozes Femininas na Dramaturgia Contemporânea prevê bate-papos depois de todas as sessões e workshops de atuação
Imortais (esq.): baixe aqui fotos de João Caldas Fº
O Testamento de Maria (dir.): baixe aqui fotos de João Caldas Fº
Considerada a dama do teatro brasileiro atual e indicada ao EMMY INTERNACIONAL 2018, a premiada atriz e diretora Denise Weinberg volta em cartaz com os bem-sucedidos Imortais, de Newton Moreno, e O Testamento de Maria, de Colm Tóibin, em temporadas a preços populares no Teatro Alfredo Mesquita, de 28 de março a 14 de abril. Os ingressos custam R$20, e as apresentações acontecem de quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h.
A circulação das peças está prevista no projeto “Vozes Femininas na Dramaturgia Contemporânea”, contemplado pela 8ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura. A iniciativa ainda prevê bate-papos com o público depois de cada sessão e o workshop de atuação “A verdade e a simplicidade no trabalho do ator”, ministrado pela própria Denise Weinberg no dia 6 de abril, às 15h, no Teatro Alfredo Mesquita. A seleção será feita por email, através de envio de currículo e foto para o endereço: espetaculoimortais@gmail.com e no corpo do email deve indicar em qual teatro e data gostará de participar da oficina e um telefone de contato.
AS PEÇAS
Contemporâneo e tradicional, vida e morte, liberdade e moral, masculino e feminino entram radicalmente em choque na peça Imortais, com texto de Newton Moreno e direção de Inez Viana, o mais recente trabalho da veterana Denise Weinberg. Esses conflitos servem para criar uma reflexão sobre a noção de pertencimento e sobre quais aspectos da experiência humana são capazes de tornar um indivíduo imortal. A montagem rendeu a Newton Moreno o Prêmio Aplauso Brasil de melhor dramaturgia de 2017 e a indicação ao Prêmio Shell na mesma categoria. Também recebeu a indicação ao Prêmio Aplauso Brasil de melhor cenário para André Cortez.
A trama narra o reencontro entre uma mãe extremamente apegada às tradições e uma filha que não se ajustou ao modo de vida de sua casa, fugiu precocemente e, desde então, nunca mais falou com a família. Doente e desenganada, a matriarca amargurada decide se mudar para o cemitério onde o marido e a outra filha estão enterrados, com a última esperança de que alguém apareça para realizar a coberta de sua alma.
De acordo com esse ritual fúnebre de origem açoriana (também realizado em comunidades conservadoras no sul do Brasil), quando uma pessoa morre, é preciso que um ente querido vista suas roupas e imite seus gestos para que seu espírito possa se despedir de todos e descansar em paz.
A filha retorna à terra natal acompanhada de seu noivo, um homem trans ainda em processo de transição. Enquanto espera pela morte, a mãe precisa assimilar a cultura e o modo de vida da sua única herdeira, além de enfrentar um segredo terrível do passado que a filha carregou durante todos esses anos.
A encenação, segundo Denise Weinberg, trata da necessidade de se resgatar um ritual para que as pessoas possam celebrar a vida, os nascimentos, as mortes, as aventuras, as desventuras, os encontros e os desencontros. “Por que temos essa preocupação em deixar uma saudade, em marcar nossa caminhada fazendo algo ‘importante’, esse incômodo de sermos mortais, finitos? Por que querermos ser tão notados, tão aceitos, tão amados? Essas são perguntas que sempre fiz e sempre farei. Onde ficam aqueles que não pertencem a lugar nenhum?”, complementa a atriz.
Para Newton Moreno a ‘coberta da alma’ surge como meio – dispositivo performático da raiz – proposto para detonar esta reflexão. Até onde a tradição e o contemporâneo podem conviver e se retroalimentar? Qual a negociação ainda possível entre os dois? Segundo a diretora Inez Viana esta peça fala de tradição, família, traição, morte e desamor. Falamos aqui de escolha e liberdade, através do encontro de três mulheres, no momento em que decidem seguir por outros caminhos, mudar o rumo de suas vidas. Além de Weinberg, o elenco da peça é formado pelas atrizes Michelle Boesche e Simone Evaristo e pelo músico Gregory Slivar, que interpreta ao vivo a trilha sonora. O espetáculo estreou em junho no Sesc Consolação.
Maria mulher
Já o solo O Testamento de Maria, com direção e adaptação de Ron Daniels, é inspirado no livro homônimo do escritor irlandês Colm Tóibin, que também escreveu o bestseller “Brooklyn”, cuja adaptação para cinema foi indicada ao Oscar 2016 em três categorias.
A montagem revela como Maria, a mãe de Jesus Cristo, procura desvendar os mistérios ao redor da crucificação de seu filho. Perseguida e exilada, ela narra a sua trajetória e todo o seu sofrimento com uma voz carregada de ternura, ironia e raiva. Maria se propõe a falar apenas a verdade sobre a enorme crueldade dos romanos e anciãos judeus.
A ideia da encenação é destacar não apenas a importância religiosa de Maria, mas revelá-la como uma figura de enorme estatura moral. “Estava alerta, também, ao fato de vermos Maria como ícone, como mãe, mas nunca como uma mulher que sabe se colocar e que precisa ser ouvida. Para dar-lhe uma voz, olhei para os textos gregos, para as imagens de uma mulher solitária e corajosa, pronta para dizer palavras que são difíceis de ouvir”, esclarece Colm Tóibin.
A montagem rendeu à Denise Weinberg o prêmio APCA 2016 (Associação Paulista de Críticos de Arte), na categoria de melhor atriz. “O ponto de partida do nosso espetáculo também é este: uma atriz maravilhosa, que é a Denise, um texto de grande profundidade, e um espetáculo puro, belo e despojado, que possa oferecer à plateia momentos de grande humanidade”, diz Ron Daniels.
Em cena, a atriz é acompanhada apenas pelo músico Gregory Slivar, que assina e executa a trilha sonora ao vivo. O espetáculo foi produzido originalmente na Broadway, por Scott Rudin Productions e desenvolvido pelo Dublin Theatre Festival e Landmark Productions, com o apoio do Irish Theatre Trust.
DENISE WEINBERG
Considerada um ícone no teatro brasileiro atual, a atriz e diretora carioca Denise Weinberg é uma das fundadoras do Grupo TAPA, com o qual trabalhou durante 21 anos. Ao longo de sua carreira, ganhou dois prêmios Molière, três Mambembe, três APCA e um Shell, além de sete condecorações no cinema.
Algumas das peças em que atuou são “As Criadas”, de Jean Genet; “Outono Inverno”, de Lars Nóren; “Dançando em Lúnassa”, de Brian Friel; “Navalha na Carne, Oração para um pé de chinelo”, de Plínio Marcos, “Ivanov e Tio Vania” de Tchékov, “Vestido de Noiva, Viúva porém Honesta, A Serpente, Álbum de Família” de Nelson Rodrigues. Ela também dirigiu “A Máquina Tchekhov”, de Matéi Visniec; “Salamaleque”, de Kiko Marques e Alejandra Sanz; “O Pelicano”, de Strindberg; “A Refeição”, de Newton Moreno, entre outros.
No cinema, Weinberg fez “Meu Amigo Hindu”, de Hector Babenco, “De Pernas pro Ar 1 e 2”, “Salve Geral, de Sergio Rezende, pelo qual ganhou o Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Los Angeles e no Grande Prêmio Do Cinema Brasileiro, entre outros. Na TV, atuou em “Psi”, série de Contardo Calligaris (HBO) – trabalho com que foi indicada ao EMMY INTERNACIONAL 2018, “Questão de Família”, de Sergio Rezende (GNT), “A Teia”, direção de Rogerio Gomes (Globo), “Assédio”, direção de Amora Mautner (Globo), “Maysa”, de Jayme Monjardim (Globo); “Dalva e Herivelto”, de Dennis Carvalho (Globo); e ”Alice”, de Karin Ainouz e Sergio Machado (HBO).
IMORTAIS
Crédito: João Caldas Fº
Uma mulher simples, matriarca de rígidos princípios e muito apegada às tradições, está doente e desenganada. Decide passar seus últimos momentos no cemitério, ao lado de seu falecido marido. Ela sofre com o dilema de não ter um parente para realizar o ritual fúnebre da “coberta da alma”, em que o morto é interpretado por um ente querido para que sua alma parta em paz. Sua filha, que fugiu de casa há anos, retorna com um noivo, uma mulher em processo de transição para homem trans.
NEWTON MORENO – DRAMATURGO
Formado em Artes Cênicas pela Unicamp e Mestre e Doutor pela USP. Em 2001, encenou seu primeiro texto Deus Sabia de Tudo… e imediatamente destacou-se no cenário teatral paulista. Escreveu também os textos: “Dentro”, “A Cicatriz é a Flor”, “Fronteiras”, “Agreste” – Por este texto ganhou o Prêmio Shell e o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes) de Melhor Autor. Em 2003 Recebeu Bolsa Vitae de Artes para adaptar o livro Assombrações do Recife Velho de Gilberto Freyre e que no ano seguinte dirigiu a bem-sucedida montagem da peça e ganhou os Prêmios Qualidade Brasil de Melhor Espetáculo, Direção e Ator na categoria Comédia e teve indicações ao Prêmio Shell de Teatro para direção, iluminação e música. Escreve para Marieta Severo e Andreia Beltrão a peça “As Centenárias” que recebeu Prêmio Shell de Teatro no Rio de Janeiro e o Prêmio Contigo! de Melhor Autor. Em 2008 dirige, adapta e cria o cenário junto com Marcelo Andrade para “Memória da Cana”, espetáculo que lhe rendeu os prêmios APCA de Melhor Espetáculo e o Prêmio Shell de Melhor Direção e Cenário. Em 2010 escreveu a peça “O LIVRO”, com direção de Christiane Jatahy e atuação de Eduardo Moscóvis; e “MARIA do CARITÓ”, com direção de João Fonseca e atuação de Lilia Cabral e Leopoldo Pacheco, e com ela recebeu o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Espetáculo Comédia e foi indicado ao Prêmio Shell e APTR de Melhor Autor, a peça foi transformada em longa metragem com roteiro de Newton Moreno e que será lançada ainda este ano. Em 2012 dirigiu e escreveu “TERRA de SANTO” que junto com “MARIA DO CARITÓ” ganhou APCA de Melhor Autor. Em 2014, adaptou com Alessandro Toller “O GRANDE CIRCO MÍSTICO” com direção de João Fonseca e ganhou APCA de Melhor Texto. Em 2017 escreve “IMORTAIS” que ganha o Prêmio Aplauso Brasil e foi indicado ao Shell em São Paulo e a peça “JUSTA” para a Cia. Odeon. Em 2018 escreveu a peça “Ordinários” para a Cia. LaMínima. E para abril deste ano escreve o musical “Cangaceiras” que será dirigido por Sergio Módena no Teatro do Sesi – SP. E junto com a Mostacco Produções prepara o sua primeira incursão como dramaturgo no universo do teatro Infantil com a peça “O Mimizinho e Seu Cecelo”.
INEZ VIANA – DIRETORA
É atriz, diretora e professora teatral, formada pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) desde 1987. Já atuou em mais de 25 peças, filmes, novelas e shows.
No teatro, trabalhou com diretores renomados como: Aderbal Freire-Filho, Enrique Diaz, Miguel Falabella, Jorge Fernando, Sérgio Britto, Charles Möeller e Cláudio Botelho, Cecil Thiré, Sérgio Britto, Domingos de Oliveira, Luís Antônio Martinez Corrêa, entre outros.
Protagonizou os musicais: “Elis – Estrela do Brasil”, de Douglas Dwyght e Fátima Valença, com direção de Diogo Vilella – indicada ao Prêmio Qualidade Brasil 2002; “Cole Porter: Ele nunca disse que me amava” de Charles Moeller e Cláudio Botelho; “Sassaricando” de Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral, com direção de Cláudio Botelho e “Orlando Silva, O Cantor das Multidões”, com Tuca Andrada.
No final de 2007, estreou o elogiado monólogo “A Mulher que Escreveu a Bíblia”, de Moacyr Scliar e direção de Guilherme Piva, onde ganhou o Prêmio Qualidade Brasil 2008, foi indicada ao Prêmio Shell e APTR de Teatro. Em 2009, dirigiu “As Conchambranças de Quaderna”, de Ariano Suassuna, com a Cia OMONDÉ. O espetáculo recebeu os seguintes prêmios: 2 Prêmios Contigo 2010, na categoria Melhor Espetáculo Comédia (júri popular e júri especializado); Prêmio Shell de melhor música (Marcelo Alonso Neves); Prêmio APTR Melhor Atriz (Dani Barros). O mesmo também foi indicado aos Prêmios Shell, APTR e Qualidade Brasil na categoria Melhor Direção. Em 2011 dirigiu “Amor Confesso”, de Arthur Azevedo e que concorreu ao Prêmio Shell de melhor direção; além de dirigir “Os Mamutes” de Jô Bilac, com a Cia OMONDÉ. Ainda em 2011, atuou na peça “Na Selva das Cidades” de Bertold Brecht, com direção de Aderbal Freire- Fo. Dirigiu ainda os shows: “Sidney Miller”, com Muiza Adnet e Vidal Assis, no Centro de Referência da Música; “Samba de Breque”, com Soraya Ravenle e Marcos Sacramento, no Teatro Rival, “Sanfoneando”, com Marcelo Caldi e Cia, no CCBB; “Na Asa do Vento – Tributo a João do Vale” com Teresa Cristina, Rita Ribeiro, Chico César, Xangai e Flávio Bauraqui na Caixa Cultural (RJ e Brasília).
Em 1987, recém-formada em teatro, estrela o musical “Gardel – Uma Lembrança”, sob a direção de Aderbal Freire-Filho. Em 1991, ganha o prêmio de melhor atriz de Teatro por sua atuação em “Uma Aventura Carioca”, de Caio de Andrade. É também indicada como uma das 10 melhores atrizes do ano de 1996 por “Futuro do Pretérito”, de Regiana Antonini.
Na televisão, atualmente está atuando em “Malhação Seu Lugar no Mundo” (Rede Globo) na mesma emissora atuou também em: “Flor do Caribe”, “Negócio da China”, “Páginas da Vida”, “Laços de Família”, “As Brasileiras”, “Toma Lá Dá Cá”, “Faça Sua História”, “Casos e Acasos”. No Multishow atuou na série “Meu Passado Me Condena”.
No cinema, participou do elenco de “Meu Passado Me Condena 2”; “Meu Passado Me Condena”; “Nosso Lar”; “Nesta Data Querida”; “Quem é Cezar?!”; “Um Show de Verão”; “A Breve História de Cândido Sampaio”.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Newton Moreno Direção: Inez Viana Direção de Produção: Emerson Mostacco Elenco: Denise Weinberg, Michelle Boesche e Simone Evaristo Trilha Sonora e Músico ao Vivo: Gregory Slivar Figurinos e Visagismo: Leopoldo Pacheco e Carol Badra Costureira: Judite Lima Camareira: Alaídes Alves Peruca: Emi Sato Dreadlock: Marcos Baroni – Estúdio Baroni Maquiagem na Pré-Produção: Sergio Gordin Cenário: André Cortez Assistente de Cenário: Carmem Guerra Cenotécnico: Fernando Brettas – ONO-ZONE estúdio Sistema Hidráulico: Edison Salgueiro Jr. – TAILTEC Equipamentos Hidráulicos Contra regra: Márcio Santiago Iluminação: Wagner Pinto Operador de Luz: Gabriel Greghi e Cláudio Cabral Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Estagiário de Produção: Pedro Colombelli Catering ensaios: André Luís Pacheco da Silva – Quero Quilo Restaurante Produção: Mostacco Produções e Denise Weinberg Produções Artísticas. REALIZAÇÃO: Prefeitura de São Paulo — Cultura – Prêmio Zé Renato.
SERVIÇO – IMORTAIS
TEATRO ALFREDO MESQUITA – Avenida Santos Dumont, 1770 – Santana – São Paulo.
Temporada: de 28 de março a 14 de abril 2019. (apresentações nos dias: 30/03, 31/03, 04/04, 05/04, 13/04 e 14/04)
Horários: De quinta a sábado às 21 horas e domingo às 19 horas.
Ingressos preços populares: R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada), com venda na bilheteria uma hora antes do espetáculo.
Duração: 90 minutos + 0h30 minutos de debate.
Classificação: 14 anos
Gênero: Drama
Lotação: 198 lugares
Workshop da Denise Weinberg no Teatro Alfredo Mesquita – dia 06/04 – às 15h00.
Informações: (11) 2221-3657
O TESTAMENTO DE MARIA
Crédito: João Caldas Fº
O escritor Colm Tóibin imagina como Maria, perseguida no fim de sua vida e no exílio, procura desvendar os mistérios que cercaram a crucificação de Jesus Cristo. Maria faz questão de falar somente a verdade. Ela encara não só a imensa crueldade dos romanos e dos anciãos judeus, e a estranha e inexplicável exaltação dos discípulos do seu filho, como também as suas próprias angústias e hesitações. Deste modo, além de mãe, de símbolo religioso e de figura histórica, Maria se revela uma figura de enorme estatura moral, uma verdadeira e inesquecível mulher.
COLM TÓIBIN – DRAMATURGO
Colm Tóibin nasceu em Ennisscorthy, no Condado de Wexford, na Irlanda. Ganhador de inúmeros prêmios de literatura, incluindo o Encore, e o IMPAC, de Dublin, foi também, duas vezes, finalista do prestigioso Booker Prize. Sua obra já foi traduzida para mais de 30 línguas. No Brasil, foram publicados, até o presente, BROOKLYN, O SUL, EM TEMPOS SOMBRIOS, O MESTRE E O TESTAMENTO DE MARIA. A peça O TESTAMENTO DE MARIA estreou em Dublin, com Mary Mullen no papel de Maria, e depois, foi vista na Broadway e depois em Londres, no Barbican Theatre, com Fiona Shaw interpretando a mãe de Jesus. Outras montagens da peça já foram realizadas em São Francisco e Chicago, nos Estados Unidos, na Espanha e na Itália.
RON DANIELS – DIRETOR
Diretor de teatro, de ópera e de cinema com atuação internacional. Nasceu em Niterói e reside em Nova York. Fez parte da formação amadora do Teatro Oficina. É hoje um dos diretores honorários da Royal Shakespeare Company, na qual foi diretor artístico do The Other Place, o teatro experimental da RSC. Encenou mais de trinta obras de Shakespeare na Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Brasil. Dirigiu, entre outros, Ian McKellen, Glenda Jackson, Claire Bloom, Dianne Wiest, Gary Oldman, Patrick Stewart, Ralph Fiennes, Derek Jacobi, Juliet Stevenson, Kathleen Turner e Mikijiro Hira. Em 2009, assinou seu primeiro longa-metragem, Os Meninos da Guerra. Foi diretor do Instituto de Treino Avançado da Universidade de Harvard e lecionou interpretação e direção na Real Academia de Arte Dramática de Londres e ainda nas universidades de Yale, Nova York e Columbia, nos Estados Unidos, e no Teatro-Escola Celia Helena, no Brasil. Em 2000, encenou Rei Lear com Raul Cortez e em 2012, Hamlet, com Thiago Lacerda e, em 2015, dirigiu “Repertório Shakespeare” com Thiago Lacerda.
FICHA TÉCNICA
Texto: Colm Tóibin Tradução: Marcos Daud e Ron Daniels Concepção, adaptação e direção: Ron Daniels Produção Executiva: Emerson Mostacco Cenografia: Ulisses Cohn Figurino: Anne Cerutti Música originalmente composta e execução ao vivo: Gregory Slivar Iluminação: Fábio Retti Diretor Assistente: Pedro Granato Fotografia: João Caldas Operação de luz: Gabriel Greghi e Cláudio Cabral Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Produção: Mostacco Produções e Denise Weinberg Produções Artísticas. REALIZAÇÃO: Prefeitura de São Paulo — Cultura – Prêmio Zé Renato.
SERVIÇO – O TESTAMENTO DE MARIA
TEATRO ALFREDO MESQUITA – Avenida Santos Dumont, 1770 – Santana – São Paulo.
Temporada: de 28 de março a 14 de abril de 2019. (apresentações nos dias: 28/03, 29/03, 06/04, 07/04, 11/04 e 12/04).
Horários: De quinta a sábado às 21 horas e domingo às 19 horas.
Ingressos preços populares: R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada), com venda na bilheteria uma hora antes do espetáculo.
Duração: 60 minutos + 0h30 minutos de debate.
Classificação: 16 anos
Gênero: Drama
Lotação: 198 lugares
Workshop da Denise Weinberg no Teatro Alfredo Mesquita – dia 06/04 – às 15h00.
Informações: (11) 2221-3657