MEIA-MEIA

MEIA-MEIA, primeiro monólogo de Luís Mármora, é inspirado em romance do escritor sueco Pär Lagerkvist e estreia no dia 19 de outubro no SESC Pompeia

Com direção de Juliana Jardim e Georgette Fadel, peça expõe o lado sombrio e a pequenez do ser humano com um humor mordaz

Uma imagem contendo parede, pessoa, interior, homem

Descrição gerada com muito alta confiança

Fotos de Zeca Caldeira

A busca pelo poder e o lado mais mesquinho e sórdido do ser humano são motes de MEIA-MEIA, texto livremente inspirado no romance O anão (1944), do sueco Pär Lagerkvist (vencedor Prêmio Nobel de Literatura em 1951). Com direção de Juliana Jardim e Georgette Fadel, o espetáculo estreia no dia 19 de outubro no Sesc Pompeia, e segue em cartaz até 11 de novembro.

Este é o primeiro monólogo de Luís Mármora, que também foi idealizador da montagem. “O espetáculo nasceu de um convite meu para o Vadim Nikitin. Eu queria fazer um monólogo que tivesse a política como temática central. Não queria um personagem que fosse a representação do poder, mas que desfrutasse dele, bebesse dos privilégios. E o Vadim lembrou dessa obra que é praticamente desconhecida no Brasil, teve uma única edição em 1970. Embora tenha sido escrito em plena 2ª Guerra Mundial, em alguns trechos do romance dá quase para dizer que é uma ficção para a teoria de Maquiavel, sobre como ele descreve as possíveis tomadas de poder”, comenta o ator.

Ainda que ambientada em época indefinida, leitor e espectador podem deduzir que o texto se passa numa possível Renascença, por desdobradas sugestões de relações entre arte e guerra, por exemplo. A trama apresenta um anão inescrupuloso e manipulador que aparece indissociável de seu Printz, quase como um prolongamento seu. Acompanha o Printz em uma guerra, que MEIA-MEIA tem como a potência máxima de vida, “uma experiência maravilhosa” que lhe traz a suprema felicidade.

“O anão tem uma potência muito destrutiva. Claro que o apelo teatral faz com que tonemos a figura dele de modo ainda mais sedutor do que no romance. E o humor vem sempre pela inversão de tudo o que seria uma demonstração de amor. Então, ele diz coisas do tipo ‘como o amor é uma coisa repugnante’, ‘como é desprezível a mão de uma criança’”, diz Mármora.

A ideia é justamente explicitar como esse tipo de comportamento desprezível também faz parte do ser humano. “Ele expõe o que há de mais sombrio na força humana, que é uma coisa com a qual temos nos deparado cada dia mais nas relações político-sociais. As relações se tornam cada vez mais explicitamente violentas e dominadas pelo ódio. Ele vem para questionar como lidamos/domamos isso”, revela.

Além das obras de Pär Lagerkvist e Nicolau Maquiavel (1469-1527), a pesquisa que gerou a encenação tem como referência o trabalho dos pintores espanhóis Diego Velázquez (1599-1660) e Francisco de Goya (1746-1828); o filme “Os Anões Também Começaram Pequenos”, do cineasta alemão Werner Herzog; e o conceito de materialismo histórico do filósofo alemão Walter Benjamin (1982-1940).

Sobre Pär Lagerkvist

Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1951, o sueco Pär Lagerkvist (1891-1974), é autor de uma vasta obra dividida entre dramaturgia, ensaio e romance. Estudou História de Arte na Universidade de Upsália e partiu, em 1913, para Paris, na França, onde foi influenciado pelo expressionismo. Avesso à exposição pública, firmou-se no panorama literário sueco devido à simplicidade de sua escrita e à sua oposição ao artificialismo.

A crítica violenta aos regimes totalitários e a reflexão profunda sobre o bem e o mal, a deformação moral e a ferocidade implacável são os temas obsessivos dos seus livros, cuja força reside nas personagens memoráveis que cristalizam impulsos eternos do homem.

Outras obras escritas por ele são “Barrabás” (1950), “The Marriage Feast” (1954), “Encontro como o Mar” (1962), “Guest of Reality” (1935), “A Sibila” (1956), “Onda Sagor” (1924) e “Mariamne” (1967).

SINOPSE

O anão MEIA-MEIA conta, com humor mordaz, detalhes do que acontece nos subterrâneos do Palatz, seu amor pela guerra e como, atrelado completamente a seu Printz, conduz à desolação a família real, seus aliados e toda a gentalha do reino. MEIA-MEIA é um pequeno terrorista. A peça é livremente inspirada no romance O anão, do escritor sueco Pär Lagerkvist, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, em 1951

FICHA TÉCNICA
Idealização e Atuação: Luís Mármora
Dramaturgia Vadim Nikitin, Luís Mármora e Georgette Fadel
Direção Georgette Fadel e Juliana Jardim
Cenário e Figurino: Silvana Marcondes
Trilha sonora original: Luiz Gayotto
Iluminação: Aline Santini
Assessoria de Imprensa:  Pombo Correio
Direção de Produção: Pedro de Freitas / Périplo Produções
Idealização e Coordenacão: Luís Mármora / Marmorhaus Produções Culturais

SERVIÇO
MEIA-MEIA, de Vadim Nikitin, Georgette Fadel e Luis Mármora
Temporada: 19 de outubro a 11 de novembro. De quinta a sábado, às 21h30; e aos domingos e feriados, às 18h30
Local: Espaço Cênico
Ingressos: R$6 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$10 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$20 (inteira)
Classificação: 16 anos
Duração: 70 minutos

Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93, Pompeia. Informações: (11) 3871-7700. Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

Acompanhe o Sesc Pompeia
instagram.com/sescpompeia
facebook.com/sescpompeia
twitter.com/sescpompeia

Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa@pompeia.sescsp.org.br

Assessoria de Imprensa Sesc Pompeia:
Fernanda Porta Nova e Guilherme Barreto
Estagiários: Gabriella Zanini, Malu Moes e Mari Carvalho
Coordenador de comunicação: Igor Cruz
Telefone: (11) 3871-7720 / 7776
imprensa@pompeia.sescsp.org.br