OPOVOEMPÉ
OPOVOEMPÉ mostra repertório no Sesc Belenzinho de 22 de setembro a 16 de outubro. Cinco espetáculos e uma exposição com a trajetória do grupo integram a programação
Trens, ruas, parques, supermercados, feiras livres, janelas de edifícios, galerias, teatros – da Praça da Sé a Lapa, da Berrini a Presidente Altino, de Frankfurt a Zagreb, diversos espaços e cidades foram alvo das ações, intervenções e projetos teatrais do OPOVOEMPÉ, que completa dez anos de trajetória.
A partir de 22 de setembro, o grupo apresenta Mostra de Repertório no Sesc Belenzinho com cinco espetáculos e também uma Exposição/Instalação, que propõe uma vivência da linguagem do grupo.
A pesquisa do coletivo dirigido por Cristiane Zuan Esteves iniciou-se em 2005 com uma série de intervenções no espaço público da cidade de São Paulo: o projeto Guerrilha Magnética. Tratavam-se de intervenções/subversões que transitavam entre evento e invisibilidade, e que, a partir do estranhamento, criavam vários níveis de participação do público. Apontava-se então um dos principais focos do trabalho do grupo: a criação de experiências onde o público é convidado a participar.
Esse convite sutil à participação adquiriu várias facetas, determinou dramaturgias, investigou formatos e estabeleceu procedimentos que compõem a linguagem do OPOVOEMPÉ em toda a diversidade. Percursos sonoros, espetáculos teatrais, ações no espaço público, dramaturgias instantâneas se fundam na questão: “Qual é o papel do público?” E esse mesmo público torna-se ora elemento compositor da cena, ora co-autor, ora observador, ora criador de vestígios.
Os espetáculos teatrais incorporam estas inquietações através de diferentes espacialidades e distintas relações entre palco e plateia. Os espectadores são convidados à ação, ao jogo e à reflexão, dissolvendo as funções atribuídas usualmente ao ator e ao público. A dramaturgia original, realizada pela diretora, constrói-se ao longo do processo de pesquisa, utilizando material documental, textos originais, adaptações e propostas das atrizes criadoras Ana Luiza Leão, Manuela Afonso e Paula Possani, que também compõem o núcleo artístico desde sua fundação.
Em 10 anos de existência do OPOVOEMPÉ, muito material foi coletado junto ao público, sobretudo, por meio de perguntas. Questões que direcionam a experiência e propõem um universo de reflexão. As respostas, recolhidas em suportes vários, constituem em si outro objeto artístico. Criam ainda outra dimensão dialógica, não mais do artista com o público, mas dos vários integrantes do público entre si, mesmo que separados no espaço e tempo.
OPOVOEMPÉ propõe visitar a própria trajetória sob a ótica da relação com o público lançando a pergunta: “E agora? O que é participar?”.
PROGRAMAÇÃO
A EXPOSIÇÃO UM ESPAÇO VIVO
De 22/09 a 16/10.Quinta a sábado das 14h às 20h30 e domingo das 14h às 17h30
Local: Sala de Espetáculos I
Sala de Espetáculos I do SESC Belenzinho, onde serão apresentados os espetáculos da Mostra de Repertório, acontece também a parte expositiva do projeto. Não se trata de uma exposição da cronologia dos trabalhos do grupo, mas de reunir parte do material documental coletado junto ao público nestes 10 anos. Através de pequenas instalações, serão recriadas experiências originalmente propostas nos espetáculos e intervenções. Os visitantes poderão interferir com sua participação. O espaço estará em constante transformação.
Trabalhos que compõem a exposição:
As intervenções
• PAUSA PARA RESPIRAR
• OUT OF KEY(S) – FORA DE CHAVE
• A LISTA
• ESTE SOFÁ É PRA CONTAR
• O QUE VOCÊ NÃO DEIXA PARA TRÁS?
Os espetáculos
• ARQUEOLOGIAS DO PRESENTE
• FRANKFURT EVAKUIEREN
• A MÁQUINA DO TEMPO (ou longo agora)
• AQUIDENTRO AQUIFORA
• W POLSCE, CZYLI GDZIE?
Ficha técnica
OPOVOEMPÉ
Núcleo Artístico:
Concepção, direção artística e dramaturgia: Cristiane ZuanEsteves
Atrizes Criadoras: Ana Luiza Leão, Manuela Afonso e Paula Possani
Direção de Produção – Anayan Moretto
Criação de Luz da Exposição e Adaptação de Luz dos Espetáculos – Grissel Piguillem
Criação de Cenografia da Exposição: Júlio Dojcsar e Silvana Marcondes – Casa da lapa
Criação de Ambiência Sonora da Exposição: Pedro Semeghini
Textos programa – Cristiane Zuan Esteves
Dramaturgia Exposição – Cristiane Zuan Esteves e Marie Ange Bordas
Teatro
W POLSCE, CZYLI GDZIE?
(NA POLÔNIA, ISSO É ONDE?)
(2015)
De 22 a 25 de Setembro
Quinta a Sábado, 21h30. Domingo 18h30
Duração: 60 min
120 Lugares
Local: Sala de Espetáculos I
Não recomendado para menores de 12 anos
R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escolapública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
Se vivesse no Brasil hoje, que obras faria Tadeusz Kantor? A impossibilidade de responder a esta pergunta leva a muitas outras. O que a Polônia de Kantor tem a dizer em relação aos questionamentos que fazemos hoje? E o Brasil, fica onde?
Realizado especialmente para compor a programação paralela da exposição Máquina Tadeusz Kantor (Sesc Consolação – 2015), o trabalho busca estabelecer pontes entre a Polônia pós Holocausto, que motivou toda a obra de Kantor, e o momento histórico do Brasil.
Ficha técnica original
Concepção, Direção artística e Dramaturgia: Cristiane Zuan Esteves
Atrizes criadoras: Ana Luiza Leão, Manuela Afonso, Paula Possani
Atriz criadora convidada: Andrea Tedesco
Trilha sonora: Pedro Semeghini
Produção: Anayan Moretto
Iluminação: GrisselPiguillem
Elenco atual:
Ana Luiza Leão, Andrea Tedesco, Cristiane Zuan Esteves, Manuela Afonso
Teatro
9:50 QUALQUER SOFÁ
(2007)
De 29 de Setembro a 01 de Outubro
Quinta a Sábado, 21h30
Duração: 50 min
80 lugares
Local: Sala de Espetáculos I
Não recomendado para menores de 10anos
R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escolapública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
As grandes catástrofes.
As pequeninas catástrofes.
… Uma mulher é atingida por raio e sobrevive.
… Um homem pula da ponte atrás de seus 10 Reais.
Pequenas aberturas: acidentes e ações vêm romper a lógica, esvaziar de sentido os pensamentos e revelar inúteis as cotidianas repetições desnecessárias.
Mas seguimos na ilusória busca de segurança e certezas diante do que nos chega sem ordem nem plano. É assim que vivemos?
Em nosso estado de ignorância, talvez só nos caiba respirar.
Generosamente.
E repetir: estou vivo.
9:50 Qualquer Sofá é um experimento de narrativa, um poema teatral coreográfico, com um olhar divertido sobre os fait divers (aquelas notícias que só são destacadas pelos jornais porque são curiosas, inusitadas) que rompem nosso cotidiano. Neste espetáculo, OPOVOEMPÉ trouxe pela primeira vez a linguagem desenvolvida nas intervenções urbanas, para um espaço fechado.
Ficha técnica original
Concepção, direção e dramaturgia: Cristiane Zuan Esteves
Atrizes-criadoras: Ana Luiza Leão, Graziela Mantoanelli, Manuela Afonso e Paula Possani
Colaborou na criação: Malgorzata Haduch (Polônia)
Iluminação: Flávio Rabelo
Figurino: Anne Cerutti
Trilha sonora: Mano Bap
Músicas: Mano Bap, Denis Duarte e Maurício Takara
Direção de produção: Carla Estefan
Programação visual: Bruno D ́Angello
Elenco atual:
Ana Luiza Leão, Cristiane Zuan Esteves, Graziela Mantoanelli, Manuela Afonso
Teatro
AQUIDENTRO AQUIFORA
(2009)
De 06 a 09 de Outubro
Quinta a Sábado, 21h30 / Domingo, 18h30
Duração: 60 min
80 lugares
Local: Sala de Espetáculos I
Não recomendado para menores de 12anos
R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escolapública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
E em meio ao caos-liquidificador-de-todos-nós-demiurgos-de-vastos-mundos, a experiência compartilhada: dizer sim ao outro, a grande chance da alegria.
O público dentro da ação, quem sabe, brincando de “outrar-se”.
Pequenas caixas de ressonância do desajuste desta época.
Um convite sutil para repensar “a dor do eu” e a “dor do mundo”.
A intervenção cada vez mais se deseja no íntimo de cada um.
Contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro em 2008, AquiDentro AquiFora nasceu a partir de uma palestra de Maria Rita Kehl sobre depressões. O projeto traz originalmente dois formatos cênicos distintos e independentes: um percurso-intervenção pelas ruas do centro de São Paulo e um espetáculo em espaço fechado.
Em 2010, AquiDentro AquiFora, foi considerado um dos destaques da última década pela Revista Cult, pelo crítico Mauro Fernando. Em AquiDentro, o público é convidado a dialogar em intimidade com as outras pessoas. Caixas de remédio. Balões azuis. Um experimento. Ao longo do espetáculo, são propostas outras formas da relação entre os performers e o público e do próprio público entre si.
Ficha técnica original
Concepção, direção e dramaturgia: Cristiane Zuan Esteves
Atrizes criadoras: Ana Luiza Leão, Cristiane Zuan Esteves, Graziela Mantoanelli, Manuela Afonso e Paula Lopez
Trilha sonora: Lucas Santtana
Iluminação: Vinícius Andrade
Figurinos: Anne Ceruttii
Observadores participativos: Dilson Rufino (iluminação), Joana Dória (direção), Júlia Pires (produção), Pedro Semeghini (trilha sonora)
Direção de produção: Henrique Mariano (H2E Produções)
Elenco atual: Ana Luiza Leão, Cristiane Zuan Esteves, Graziela Mantoanelli, Manuela Afonso e Paula Lopez
O ESPELHO – UMA CONTEMPLAÇÃO DA VIDA E DA FINITUDE
parte do projeto A MÁQUINA DO TEMPO (ou longo agora)
(2012)
De 01 a 15 de Outubro
Sábados, 16h00
Duração: 80 min
20 lugares
Local: Praça
Classificação livre
Espetáculo destinado ao public adulto
(Grátis)
Se o tempo é “o tecido da vida” como escreveu Antonio Cândido, o que estamos tecendo hoje neste mundo que chamamos contemporâneo?
A velocidade parece nos mover em todas as dimensões cotidianas – informação, mercados, transportes, tecnologia, demandas produtivas. Um Cronos autofágico, cotidiano, que a cada nova tarefa devora a possibilidade de tomar o tempo pra si. Neste turbilhão, como ficam as relações que só acontecem quando ativamos outras dimensões de experiência do tempo? A contemplação, a imaginação, a memória, o encontro com o outro? Como ficam os excluídos da velocidade, que circulam de forma mais lenta? Como fica o sentido? Tem que ter sentido?
Em 2011, o Projeto A Máquina do Tempo (ou longo agora) foi contemplado com a Lei Municipal de Fomento ao Teatro. O projeto buscou promover reflexões sobre diferentes aspectos da experiência contemporânea do tempo, com três criações independentes:
A FESTA – COMPARTILHAR O AGORA
O FAROL – UMA CONTEMPLAÇÃO DA VELOCIDADE
O ESPELHO – UMA CONTEMPLAÇÃO DA VIDA E DA FINITUDE
O ESPELHO acontece em um parque, entre árvores, o gramado e uma grande mesa posta com uma antiga toalha de mesa. Em meio a um café com bolo, público e atrizes partilham memórias de infância e depoimentos.
Ficha técnica original
Concepção, Direção e Dramaturgia: Cristiane Zuan Esteves
Atrizes Criadoras: Ana Luiza Leão, Cristiane Zuan Esteves, Graziela Mantoanelli, Manuela Afonso, Paula Lopez e Paula Possani
Criação Musical e Sonoplastia: Pedro Semeghini
Assistência de Direção: Joana Dória
Direção Musical: Erico Theobaldo
Cenografia: Simone Mina
Figurinos: Anne Cerruti
Direção de Produção: Henrique Mariano (H2E Produções)
Elenco Atual: Ana Luiza Leão, Cristiane Zuan Esteves, Manuela Afonso, Paula Lopez. Paula Possani ou Andrea Tedesco
Teatro
ARQUEOLOGIAS DO PRESENTE
A BATALHA DA MARIA ANTÔNIA
(2013)
De 13 a 16 de Outubro
Quinta a Sábado, 21h30 / Domingo, 18h30
Duração: 120 min
80 lugares
Local: Sala de Espetáculos I
Não recomendado para menores de 12anos
R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escolapública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
Em um salão de jogos, os participantes do público são convidados a compartilhar memórias, negociar significados, realizar acordos e refletir sobre a construção das formas da democracia. O que resta da Ditadura Militar Brasileira na estrutura da sociedade e, sobretudo, no seu imaginário?
Convidado pela I Bienal Internacional de Teatro da Universidade de São Paulo – Realidades Incendiárias – em 2013, OPOVOEMPÉ criou o espetáculo-instalação Arqueologias do Presente – A Batalha da Maria Antônia.
Em 1968, o prédio da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo foi destruído e fechado após uma luta campal entre estudantes da faculdade e estudantes do Mackenzie, ligados ao Comando de Caça aos Comunistas e apoiados pela Polícia. A Batalha da Maria Antônia, como ficou conhecido este episódio, marcou a derrocada do movimento estudantil e compôs o complexo quadro que levou ao definitivo fechamento da Ditadura Militar com o AI-5. Este trabalho busca relacionar as diferenças e similitudes entre os eventos de 1968 e o que experienciamos no atual momento histórico brasileiro, refletindo sobre o aparato repressivo, o desmonte da educação, o papel da mídia e a polarização da sociedade.
Ficha técnica original
Concepção, Direção e Dramaturgia: Cristiane Zuan Esteves
Atores Criadores: Ieltxu Martinez, Manuela Afonso e Mariana Senne
Criação Sonora: Pedro Semeghini
Iluminação: Grissel Piguillem
Direção de Arte: Vânia Medeiros
Direção de Produção: Anayan Moretto e Manuela Afonso
Elenco Atual: Ana Luiza Leão, Cristiane Zuan Esteves, Ieltxu Martinez e Manuela Afonso ou Andrea Tedesco.
Oficina
Estratégias Para Um Espectador Autor – Com Cristiane Zuan Esteves.
A oficina objetiva refletir com os participantes do ponto de vista prático e teórico a questão da relação com o público. Para tanto, deve-se explorar técnicas fronteiriças do teatro e das artes plásticas, promover discussões teóricas, práticas de observação e exercícios de criação. Durante a oficina, serão abordadas questões, práticas e estratégias desenvolvidas pelo OPOVOEMPÉ ao longo de 11 anos de pesquisa em torno de diferentes possibilidades de relação com o público. Serão abordadas questões básicas com as quais o performer se confronta no trabalho de composição e criação. Os participantes poderão se familiarizar com instrumentos que desenvolvem a capacidade de interação e resposta com o grupo e o meio.
Nesta oficina, o aspecto teórico será abordado prioritariamente através do exercício criativo, apostando na experiência como forma de conhecimento.
Público: Performers, atores, artistas plásticos, diretores, artistas em geral, iniciantes ou não, interessados em pensar a relação com o público. 20 vagas.
Inscrições: até dia 27/09, por meio de envio de currículo resumido para opovoempe@belenzinho.sescsp.org.br.
Os candidatos selecionados serão avisados por e-mail até dia 30 de setembro.
Não recomendado para menores de 16. Grátis.
04 a 06/10, Terça a quinta, às 13h30.
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento
Para espetáculos com venda de ingressos:
R$ 11,00 (não matriculado); R$ 5,50 (matriculado no SESC – trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/ usuário).
Assessoria de Imprensa e Credenciamento
Sesc Belenzinho
Jacqueline Guerra: (11) 2076-9762
Sueli Freitas: (11) 2076-9763
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