Terça Aberta no Kasulo de março

Terça Aberta no Kasulo promove três aberturas de processo de trabalhos de dança e performance no dia 26 de março

Projeto criado pela Cia Fragmento de Dança tem como atrações os espetáculos Estudos sobre mover, de Rebeca Tadiello; Como se preparar para queda mesmo estando no chão, de Ayo Klunga; e Pátria, quem te pariu?, de Rúbia Vaz

Terça Aberta no Kasulo
Cena de Estudos sobre o Mover | Crédito: Divulgação

Talentosos artistas da dança, do teatro e da performance compartilham entre si e com o público seus processos de criação em andamento no projeto Terça Aberta no Kasulo. Em março, as apresentações acontecem no dia 26, a partir das 19h, no Kasulo – Espaço de Arte, com entrada gratuita (reservas antecipadas pelo Sympla).

A atual edição é uma das atividades previstas no projeto ‘’KASULO – ESPAÇO DE ARTE – 15 ANOS’’ – realizado com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas – Governo do Estado de São Paulo.

Confira os destaques da edição:

Em março, a Terça Aberta no Kasulo traz três criações em processo: Estudos sobre mover, de Rebeca Tadiello; Como se preparar para queda mesmo estando no chão, de Ayo Klunga; e Pátria, quem te pariu?, de Rúbia Vaz

O público assiste aos espetáculos e, em seguida, participa de um bate-papo mediado pelas curadoras do projeto, a atriz Janaina Leite, diretora do Grupo XIX de Teatro, e a bailarina e coreógrafa Vanessa Macedo, que dirige a Cia Fragmento de Dança.

Na palestra-performance Pátria, quem te pariu?, a artista Rúbia Vaz investiga as dramaturgias do corpo de programas performativos, considerando-os uma prática de encantamento. A pesquisadora cria uma fabulação a fim de pensar em uma ancestralidade artística e estabelece um diálogo com conhecimentos ancestrais a partir do compromisso com os sonhos e práticas de cuidado através de ervas medicinais.

Já a ação performativa Como se preparar para queda mesmo estando no chão, de Ayo Klunga, tem como intuito criar tensões na lógica binária, questionando e provocando fissuras e incômodos. A dança constrói narrativas possíveis de vivência que possibilitam um olhar circular que interseccionam raça e gênero e também os desobedecem. 

Por fim, a dança Estudos Sobre Mover, de Rebeca Tadiello é um solo-estudo em que movimento é elaborado enquanto hipótese, testando e desdobrando em corpo possíveis relações com a imagem da ‘segmentação’.

A Terça Aberta no Kasulo acontece em uma terça-feira por mês e já tem uma nova edição prevista para o dia 23 de abril. A programação será divulgada em breve no site da Cia Fragmento de Dança (https://www.ciafragmentodedanca.com.br/programacao-terca-aberta).

O projeto nasceu em 2016, viabilizado pelo Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, como um espaço de troca, debate e difusão de trabalhos artísticos. Ao longo desse tempo, foram realizadas 47 edições, com a participação de 120 artistas que desejavam compartilhar seus processos, trocando impressões entre si e com a plateia. 

Em 2017, a Cia. Fragmento da Dança recebeu o prêmio Denilto Gomes, na categoria “difusão em dança”, por essa iniciativa. E em 2020, o projeto foi indicado ao prêmio APCA na categoria de “difusão”.

Serviço
Terça Aberta no Kasulo – Cia Fragmento de Dança

Convidados: Rebeca Tadiello, Ayo Klunga e Rúbia Vaz

Mediação: Janaína Leite (Grupo XIX de Teatro) e Vanessa Macedo (Cia Fragmento de Dança).

Quando: 26 de março, das 19h às 21h

Kasulo – Espaço de Cultura e Arte – Rua Souza Lima, 300, Barra Funda, Metrô Marechal Deodoro – Linha Vermelha 

Capacidade: 40 lugares 

Ingressos Gratuitos – Retirada antecipada pelo site https://www.ciafragmentodedanca.com.br/programacao-terca-aberta).  

Duração: 70 minutos + bate-papo 

Confira abaixo mais detalhes sobre a programação:

Pátria, quem te pariu?, de Rúbia Vaz (palestra-perfórmance)

Sinopse: “Pátria, quem te pariu?” é uma palestra-performance criada como objeto artístico da dissertação “Performance ancestral: a grafia encantada do corpo”, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Artes da Cena da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob orientação de Lígia Tourinho. A pesquisa investiga as dramaturgias do corpo de programas performativos, considerando-os uma prática de encantamento. Uma série de sete ações foram criadas a partir de programas performativos em diálogo com a vida e a obra de Ana Mendieta. A escolha por tal artista se deu pelo fato de que, ao colocar o corpo em comunhão com a natureza, ela aproximou a arte de performance da espiritualidade e ancestralidade. Assim a pesquisadora cria uma fabulação a fim de pensar em uma ancestralidade artística e estabelece um diálogo com conhecimentos ancestrais a partir do compromisso com os sonhos e práticas de cuidado através de ervas medicinais.

Duração: 30 min

Ficha Técnica:

Dramaturgia, direção e performance: Rúbia Vaz

Direção de movimento: Lígia Tourinho

Interlocução artística: Eleonora Fabião, Felipe Ribeiro e Gabriela Lírio

Desenho de som e mapping: Arthur Murtinho

Como se preparar para queda mesmo estando no chão, de Ayo Klunga (performance)

Sinopse: “Como se preparar para queda mesmo estando no chão”, é uma ação performativa que vem com o intuito de criar tensões na lógica binária, questionando e provocando fissuras e incômodos. Construindo narrativas possíveis de vivência que possibilita um olhar circular que interseccionam raça e gênero e também os desobedecem. A obra se nutre de saberes afrodiaspórico, como as pedagogias de exu e também a “Dança da indignação” e o “Devir Animal”, que são ferramentas tecnológicas que nos possibilita uma organização das nossas dores e nos potencializa através da corporificação da nossa animalidade enquanto potência criativa e combativa. Como a transgressão do corpo de exu, corpo esse encruzilhada, nos possibilita pedagogias performativas e decoloniais para sobreviver no futuro?

Duração: 20 min

Ficha Técnica:

Concepção Coreográfica e Direção Criativa: Ayo Klunga

Direção Musical e Produção Geral: Pixain Carolina

Estudos sobre mover, de Rebeca Tadiello (investigação em dança)

Sinopse: “Estudos sobre mover” é um solo-estudo em que movimento é elaborado enquanto hipótese, testando e desdobrando em corpo possíveis relações com a imagem da ‘segmentação’. Trata-se de um solo em construção, que vem sendo estudado e circundado desde o início de 2022. O trabalho é elaborado como parte da pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da ECA USP.

Duração: 20 minutos

Ficha Técnica:

Concepção e performance: Rebeca Tadiello

Orientação de pesquisa: Helena Bastos

Provocação: Ana Teixeira, Helena Bastos