A Vida Útil de Todas as Coisas
Escrita e dirigida por Kiko Rieser, distopia A Vida Útil de Todas as Coisas imagina cenário em que entes familiares podem ser substituídos por máquinas
Com Agnes Zuliani, João Bourbonnais, Luís Mármora e Priscila Paes no elenco, espetáculo entra em cartaz de maneira online no dia 2 de dezembro, pela Plataforma Teatro
Créditos: Heloísa Bortz
Figura de destaque na cena teatral paulista atual, o diretor e dramaturgo Kiko Rieser faz temporada online da distopia A Vida Útil de Todas as Coisas pela Plataforma Teatro entre os dias 3 e 18 de dezembro de 2021 – haverá uma pré-estreia no dia 2. O elenco é formado por Agnes Zuliani, João Bourbonnais, Luís Mármora e Priscila Paes.
Em uma ficção que pode ser lida como um futuro distópico ou um realismo fantástico situado nos dias de hoje, o pai de uma família comum constata que seu próprio pai está com problemas de memória, e procura uma assistência técnica para tratá-lo. Nesse lugar, o idoso recebe o diagnóstico de que não há mais conserto ou troca para seu cérebro, portanto, seu fim está próximo. A indústria de órgãos biônicos – sempre programados para durarem pouco e serem substituídos por modelos mais novos – ainda não conseguiu criar um cérebro artificial, único órgão impossível de trocar.
Como alternativa ao problema, a loja oferece a substituição do idoso por uma máquina com aparência humana. Indignado, o protagonista rejeita a possibilidade e passa a lutar contra o comércio de substituição de pessoas por máquinas, vendo nisso um objetivo para sua vida, até então banal e rotineira. No entanto, nem sua própria filha nem mesmo seu pai aderem a essa campanha, e ele percebe que a sociedade não está interessada nos valores que ele tenta defender.
A encenação parte dessa situação para propor uma discussão sobre os limites entre o público e o privado, um tema cada vez mais atual. Em um tempo em que não há individualidades e identidades, apenas pessoas úteis a tais ou quais propósitos socialmente designados, não pode haver respeito à privacidade, já que tudo e todos devem servir ao sistema do qual fazem parte.
Sinopse
Em uma realidade distópica, o pai de uma família comum tenta se reencontrar com sua própria humanidade enquanto luta contra um comércio de órgãos biônicos e de substituição de pessoas por máquinas.
Ficha técnica:
Texto e direção: Kiko Rieser
Elenco: Agnes Zuliani (atendente)
João Bourbonnais (avô)
Luís Mármora (pai)
Priscila Paes (filha)
Cenário: Marisa Bentivegna
Desenho de luz: Aline Santini
Figurinos: Kleber Montanheiro
Música original: Gregory Slivar
Visagismo: Louise Helène
Assistência de direção: Amazyles de Almeida e André Kirmayr
Assistente de cenografia: Amanda Vieira
Assistente de figurino: Luma Yoshioka
Assistente de iluminação: Pajeú de Oliveira
Cenotécnico: Cesar Rezende (Basquiat)
Costura: Marcos Valadão e Maria Luisa Roque
Adaptações cenário: Zito Lemos
Montagem: Maurício Shirakawa
Contrarregragem: Calu Batista e Eduardo Couto
Operação de luz: Rodrigo Palmieri
Operação de som: Diego Andrade
Direção de produção: Kiko Rieser
Produção executiva: Ronaldo Diaféria
Assistente de produção: Jaddy Minarelli
Design gráfico: Angela Ribeiro
Fotos: Heloísa Bortz
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Câmeras: Claus Lehmann, Nelson Kao e Otávio Dantas
Técnica de som direto: Natassia Vitale
Montagem e finalização de imagem: Otávio Dantas
Produção: Rieser Produções Artísticas e Diaferia Produções
Um espetáculo da Companhia Colateral
Serviço:
De 03 a 19/12, sexta a domingo
Pré-estreia quinta 02/12
Sempre às 20h
Ingressos gratuitos ou colaboração espontânea em plataformateatro.com
1h10
12 anos