CERBERA

Com direção de Elias Andreato, Cerbera faz crítica à classe média, que esconde suas perversões em discursos libertários

Peça encerra trilogia de textos de Carol Rainatto, composta ainda por Oito Balas e Meia-Noite, Feliz Natal. Espetáculo estreia no Espaço Parlapatões, no dia 14 de setembro

 

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Créditos: Cia do Ruído / Divulgação

Uma classe média sem coragem de assumir suas doenças esconde sua perversão atrás de discursos libertários. Esse é o mote de Cerbera, que encerra a trilogia de peças escritas pela atriz e dramaturga Carol Rainatto, ainda composta pelos espetáculos “Oito Balas” (2016) e “Meia-Noite, Feliz Natal” (2016).

Com direção de Elias Andreato, o novo trabalho adota uma narrativa fragmentada em vários tempos, espaços e sensações para abordar diversas formas de morte (de gênero, sexo ou ideais). O enredo narra a história dos amigos Martin e Cecília, que estudam no mesmo colégio. Ele acredita que a amiga é a solução para todos os seus problemas.

A mãe de Martin é alcoólatra e vítima da fúria de um homem incontrolável. Além disso, o menino precisa lidar com o abuso sexual que sofre de sua professora de piano. O espectador assiste a tudo isso como se olhasse pelo buraco de uma fechadura.
O intenso jogo psicológico entre todos esses personagens é ofuscado pela sedução, o que revela a deformação máxima da sociedade contemporânea, sempre no limite entre a loucura e a morte.

Além de Rainatto, o elenco conta com a participação de Rodrigo de Castro, Rodrigo Frampton, Victoria Blat e Ynara Marson. Carolina Rossi assina a assistência de direção; Yan Montenegro, a trilha sonora; Diogo Monteiro, a cenografia; e Ananda Sueyoshi, o figurino.

SINOPSE

Martin e Cecília estudam na mesma escola e são muito amigos. Ele acredita que ela é a única capaz de solucionar seus problemas. A mãe de Martin é alcoólatra e vítima da violência de um companheiro incontrolável. Além disso, sua professora de piano abusa sexualmente dele. A peça tem uma narrativa fragmentada em vários tempos e espaços para retratar diferentes tipos de morte – de gênero, de sexo e de ideais. A encenação faz dura crítica à classe média atual, que prefere esconder suas doenças a lidar com elas.

FICHA TÉCNICA
Texto: Carol Rainatto
Elenco: Carol Rainatto, Rodrigo de Castro, Rodrigo Frampton, Victoria Blat e Ynara Marson
Direção: Elias Andreato
Assistente de Direção: Carolina Rossi
Preparação Vocal: Camila Blat
Trilha sonora: Yan Montenegro
Cenário: Diogo Monteiro
Figurino: Ananda Sueyoshi
Arte: Lucas Sancho
Produção: Cecília Barçante
Assistentes de backstage: Homero Ligere e Mariana Spinola
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
SERVIÇO
“Cerbera”, de Carol Rainatto
Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158, Consolação
Temporada: de 14 de setembro a 27 de outubro
Às quintas e sextas-feiras, sempre às 21h
Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada)
Duração: 80 minutos
Classificação: 18 anos
Lotação: 96 lugares