A MÁQUINA DE VOAR
Espetáculo infantil A Máquina de Voar, de Phil Porter, estreia dia 12 de agosto no Sesc Belenzinho
A vida não é muito divertida para as duas crianças presas na Ala Infantil do Hospital Sta. Ruth Dos Olhos Machucados. Até a chegada de um novo menino que logo lidera uma rebelião no hospital contra o severo regime disciplinar da Enfermeira Maristela. Munido de um misterioso manual de instruções e um destemido plano de fuga, ele deixa a vida na ala de cabeça pra baixo. Repleto de risadas e cheio de ação, A Máquina de Voar é uma peça sobre feitos heróicos, conspirações desprezíveis e atos de incrível bravura.
Texto de Phil Porter com tradução de Ricardo Estevam tem direção de Eric Nowinski. No elenco estão os atores Tutti Pinheiro, Ricardo Estevam, Thomas Huszar e Mariana Melgaço. A temporada é de 12 de agosto a 10 de setembro no Sesc Belenzinho.
A Máquina de Voar é uma peça sobre o poder da imaginação para transcender os limites que a realidade impõe a todos nós. Na ótica sensível das crianças Pina e Munib, o faz de conta proposto por Bonyek é a válvula de escape ao condicionamento opressivo imposto pela enfermeira Maristela, em nome de uma instituição – o Hospital para “olhos machucados”. A parábola da obstrução e cura da visão explicita o embate entre o imaginário e o real; entre a concepção de mundo da criança e do adulto. Não à toa, a superação destas contradições se dá através de um artefato mágico, a “Máquina de Voar”, que dá nome à peça.
“Para realçar este aspecto central, potencializamos através dos recursos teatrais (iluminação, trilha sonora e projeções) a transição do ambiente convencionado como “real” (um quarto de hospital bastante insólito) para os espaços imaginários, aos quais as crianças (e posteriormente a própria enfermeira Maristela) serão conduzidos por Bonyek. Aventura, suspense, amizade e algum humor nonsense, característico da dramaturgia inglesa, são alguns dos ingredientes que credenciam a montagem” conta o diretor Eric Nowinski.
Sobre o texto
“Pra que brincar de fingir, se depois que a brincadeira termina, você volta pro mesmo mundinho chato de sempre? Não vale a pena levar uma bronca ou ficar de castigo só por isso”. Ou vale?
Com essa provocação, o personagem Bonyek faz com que sentimentos há muito adormecidos em Pina e Munib, seus companheiros de internação, sejam irreversivelmente despertados. Crianças confinadas em um lugar imundo e monótono, vivendo em um regime disciplinar cheio de restrições disfarçadas de cuidados, onde a maldade se esconde atrás do carinho e da preocupação da implacável Enfermeira Maristela. É com esses personagens repletos de contradições e graça que o autor Phil Porter constrói um mundo frio e cinzento onde só a imaginação é capaz de soltar as amarras que prendem as crianças à essa realidade e levantar voo para longe dali.
“A possibilidade de explorar o poder e os limites da imaginação das crianças foi o que nos encantou no universo desse texto infantil do britânico Phil Porter. A importância do imaginário como força estruturante na formação das crianças nos chama atenção nessa história que não por acaso foi escrita para ser contada no teatro, lugar onde a imaginação é parte necessária para que a comunicação aconteça. Os personagens de A Máquina de Voar se veem obrigados a enfrentar situações onde lealdade e companheirismo se misturam com covardia e individualismo e cada ação pode marcar para sempre a vida dessas crianças. A Máquina de Voar é um texto que dialoga com o pequeno espectador de forma emocionante e divertida, abrindo-lhe um novo leque de possibilidades na formação do seu olhar e encorajando cada um a alçar seus voos necessários pela vida afora”, finaliza a produtora Fernanda Castello Branco.
Ficha técnica
Direção: Eric Nowinski
Texto: Phil Porter
Tradução: Ricardo Estevam
Elenco:
Tutti Pinheiro – Pina
Ricardo Estevam – Munib
Thomas Huszar – Bonyek
Mariana Melgaço – Enfermeira Maristela
Iluminação e Cenografia: Rafael Souza
Figurinos: Mira Haar
Costureira: Judite Lima
Adereços: Carlos Rebecca
Serralheiro: Paulo Mattos
Cenotécnico: Jimmy Wong
Trilha Sonora: André Vac Torres
Operação de Luz: Rafael Souza
Operação de Som: Max Huszar
Produção Executiva: Thaís Medeiros
Produção Geral: Fernanda Castello Branco e Ricardo Estevam
Serviço:
Teatro do SESC Belenzinho
R. Padre Adelino, 1000 – Belenzinho, São Paulo – SP, 03303-000
De 12 de agosto a 10 de setembro – sábados e domingos às 12h. Sessão extra dia 07 de setembro às 12h.
Ingressos: INTEIRA 20,00 / USUÁRIO MIS 10,00 / MEIA 10,00 / CREDENCIAL PLENA 6,00